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OMS alerta que cerca de 30% dos medicamentos vendidos no Brasil são falsificados

O delegado chefe da Região Oeste do Paraná, Rafael Dolzan, apresenta o depósito onde ficam os medicamentos falsificados apreendidos com contrabandistas.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que cerca de 30% medicamentos comercializados no mundo sejam falsificados. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não disponibiliza dados sobre esse grave problema de saúde pública simplesmente porque não realiza estudos ou testes para averiguar a qualidade dos produtos farmacêuticos vendidos nas farmácias, pela internet e até barracas de camelô.

A Ponte da Amizade em Foz do Iguaçu é a principal porta de entra de medicamentos falsificados contrabandeados do Paraguai. A criminalidade nesse setor é tanta que só a fiscalização da Receita Federal apreende todos os anos cerca de R$ 10 milhões de remédios irregulares que abarrotam o galpão da Receita Federal.

Para o delegado da Receita Federal em Foz do Iguaçu, Rafael Rodrigues Dolzan, a facilidade da comercialização dos medicamentos contrabandeados é o principal atrativo nesse tipo de crime. “Marcas famosas de medicamentos como o Viagra são contrabandeados e vendidos em farmácias, pela internet e até barracas de camelôs”, alerta Dolzan.

Entre os medicamentos preferidos pelos contrabandistas destacam marcas caras de medicamentos para disfunção erétil como o Viagra, Cialis e o “genérico” desses, o Pramil, que é uma marca do laboratório uruguaio Novophar. O produto é recordista de venda nas farmácias do lado paraguaio e de apreensão na aduana brasileira.

Provas da falsificação

Até medicamentos proibidos no Brasil são falsificados e vendidos livremente no Paraguai, a exemplo do Dualid S e o Desobesi M, ambos utilizados no tratamento da obesidade. Patentes do laboratório brasileiro Aché, os medicamentos não são fabricados no país desde 2012.

Outro recordista entre os medicamentos contrabandeados do Paraguai é o Sibugras, uma anfetamina para o tratamento da obesidade e campeão de consumo como “rebite” entre os caminhoneiros. Segundo o delegado da Receita Federal, é comum o produto ser vendido em restaurantes, lanchonetes e até borracharias de beira de estrada em todo o país.

 

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